Rogério alegou que Santos estava dando em cima da sua namorada.O quinto homicídio ocorrido em 2012 no município teve uma novidade nesta quarta-feira, dia 29. O principal suspeito de cometer o crime que vitimou o tratorista Wellington Alexandre Santos da Silva (27 anos), na madrugada do último final de semana, em uma festa na Água Clara, se apresentou ao delegado Fernando de Campos Storti, na 4ª DRPC – Delegacia Regional de Polícia Civil. Estava acompanhado por um advogado, cujo nome foi preservado.
Rogério Aparecido de Farias (23 anos), soldador industrial, residente no bairro Novo Horizonte, na mesma região onde a vítima morava, apresentou uma versão que não convenceu ao delegado titular do inquérito. O depoimento durou cerca de uma hora.
“O que ele afirma não bate em nada com o que ouvimos das testemunhas, levando a crer que o crime foi premeditado, por motivo fútil, ou seja, o investigado agiu motivado por ciúme da sua namorada”, observou Fernando Storti.
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De acordo com Rogério, Wellington Alexandre Santos da Silva estava ligando para o celular da sua namorada – cujo nome não foi revelado, e que, no sábado, a vítima e outros rapazes tinham invadido sua casa e quebrado vários pertences, fato presenciado inclusive pela moça e vizinhos. O investigado alegou ainda que não estava armado na festa.
Confira os principais tópicos do depoimento de Rogério Farias:
ASSÉDIO
“O declarante relata que Santos, seu conhecido do bairro Novo Horizonte, no último dia 22 de fevereiro, ligou para a sua namorada, o que havia ocorrido outras vezes, chamando-a para sair com ele; que a moça havia falado das ligações ao namorado; que, em uma das ligações, atendeu o telefone e perguntou o que Santos queria com sua mulher, tendo o mesmo respondido que eles resolveriam a situação quando topassem”.
AGRESSÃO
“O declarante afirma que por volta das 22h de sábado, dia 25, se encontrava em um bar próximo da sua residência, quando chegou ao local uma pessoa comentando sobre o telefonema de Santos, questionando se o mesmo havia ficado nervoso com a ligação; eles discutiram e houve agressões; o declarante pegou seu veiculo e foi para a casa de um amigo, pois ficou com medo que alguém chamasse a polícia”.
LOCAL DO CRIME
“Rogério Farias declarou que seu amigo o chamou para uma festa na comunidade da Água Clara, dizendo que ninguém iria encontrá-lo; Rogério e os amigos foram para o local, onde recebeu um telefonema da namorada informando que Santos e seus amigos tinham pulado o muro e invadido a residência de Rogério, quebrando seus pertences; o declarante disse que ficou com muito medo e chamou seus amigos para saírem da festa, mas os mesmos falaram para que não se preocupasse, pois Santos não iria até lá”.
DISPAROS DE ARMA DE FOGO
“Por volta de 2h, Rogério Farias se dirigiu ao banheiro. Como estava muito cheio, procurou um lugar afastado, quando foi surpreendido por Santos, que o agrediu com socos e pontapés; Santos estava armado com um revólver; os dois se agarraram e Rogério desarmou o rival, momento em que ocorreram os disparos; o declarante evadiu e ficou sabendo do ocorrido pelos seus próprios amigos”.
ARREPENDIMENTO
“O declarante alega estar arrependido de ter se envolvido nos fatos, e assegura que irá prestar todas as informações necessárias à Justiça quando for intimado; afirmou que não era acostumado se envolver em agressões e que não tem problemas com outras pessoas; que trabalha de carteira assinada em empresa conhecida na cidade na função de soldador; contou que nunca foi preso ou processado e que não usa drogas, mas ingere bebida alcoólica”.
Texto e Foto - Reprodução
Fonte: gazetadotriangulo.com.br
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